Resenha: Civilization (Série)

Jogos de estratégia em turnos, em sua grande maioria, são chatos pra caramba. Frustrantes, demorados e normalmente impossíveis de se jogar sem pensar "Aff, isso não acaba nunca?". Exemplo são os RPGs. No inicio, quando você está lutando contra seu primeiro inimigo, você usa magica, ataca, defende e se diverte. Mas depois de pelo menos 10 minutos, as batalhas se resumem em você ficar apertando um botão até seu inimigo ser derrotado, parando de vez em quando para tomar uma poção ou usar uma magia para tentar variar. Esse cenário só muda quando você estiver lutando contra um inimigo mais forte que você. Isso é a mesma coisa para quase todos os jogos que envolvem Turnos. O exemplo de hoje, é a série Civilization.

Civilization é um jogo de estratégia baseada em turno (Turn-Based Strategy Game), a cada turno, você dá ordens para seus soldados, colonizadores, e cidades. Sendo que cada ação exige um certo numero de turnos. Você escolhe uma várias civilizações para começar sua missão para conquista mundial, Aztecas, Romanos, Mongóis, Chineses, isso muda entre os jogos da série (Eu sempre jogo com os Zulus no Civ3). E cada civilização tem suas qualidades e defeitos.

Você começa o jogo com apenas um colonizador, escolhe um bom local fundar sua capital, tendo que levar em conta as riquezas naturais de onde sua cidade estará localizada, e partir daí você já pode melhorar sua cidade com uma das varias construções, criar trabalhadores para construir ruas até as riquezas naturais, e criar mais colonizadores para criar mais cidades. Tudo isso em turnos, ou seja, construir um trabalhador requer 3 turnos, um soldade 5 e um colonizador 12 (Civ3), no inicio isso nem é problema porque os turnos se passam instantaneamente.
Após construir algumas cidades, estudar algumas tecnologias e descobrir novas riquezas (você só poderá saber onde existe o recurso FERRO após pesquisar metalurgia), você inevitavelmente irá se encontrar com um vizinho, onde você pode ser diplomático e criar alianças, ou declarar guerra. As batalhas na série são bem equilibradas, onde um soldado bem armado pode vencer vários soldados inferiores antes de finalmente morrer.

Então, você tem suas cidades, seus soldados e está em guerra com um dos seus vizinhos. Você já pode perceber que um turno não passa instantaneamente, demora uns 3 segundos para passar, pois além de esperar a animação de ação das suas unidades, você também que esperar a das unidades vizinhas.
"Mas pera, tem como eu desabilitar isso e não ter q esperar nenhuma animação, fazendo com que os turnos se passem instantaneamente!".
Tem sim, você vai achar isso útil até descobrir que você perdeu 3 cidades sem nem ver de onde estava vindo o exército inimigo. Seria como jogar xadrez, e fechar os olhos na vez de seu adversário.
Não me leve a mal, eu gosto de Civilization, há vários elementos que fazem com que o jogo seja muito variado, você tem vários tipos de governo, cada um com suas qualidades de defeitos, você tem inúmeras pesquisas, unidades, recursos.
Mas quando jogo começar a demorar 10 segundos por turno, aí minha paciência vai pela janela. Pior é quando você declara guerra com um, e é atacado por 4 civilizações ao mesmo tempo Ò_Ó!

Resumindo:
+ Variedade de Unidades, civilizações, tecnologias e estratégias.
+ Precisão histórica.
+ Diplomacia ou Guerra podem levar á uma infinidade de situações .

- Depois de um tempo, um misero turno demora quase uma eternidade.
- Pelo menos 40% de uma partida, você não faz nada a não ser passar de turno.
- Uma partida inteira demora 4 eternidades.
- Os "conselheiros" nunca dão um conselho que presta.(Civ1, Civ2 e Civ3)
- O jogo é bem complicadinho, não é um daqueles jogos que você aprende em 15 minutos.
- O "Tutorial" é um fracasso.(Civ1, Civ2 e Civ3)
Pois é, A séria inteira se resume em ser muito bom nos primeiros turnos, mas depois fica cansativo e frustrante.

6/10